quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014, dois mil e catorze

:)
Eu sou uma pessoa tão irritantemente autobiográfica que tudo que escrevo em blog fica rascunhado, esperando lapidação ou um momento de iluminação minha de decisão de pelo amor de deus apagar tudo, desaparecer as letras, pois a vida já é intensa demais, ninguém precisa, pra não dizer merece, revisitá-la através de sensações escritas, divagações literárias despudoradamente autobiográficas. (Autobiográficas. Tá vendo o meu dedo, né, Clarice? Virginia. 'hum!)

Graças a deus tenho vergonha de ser autobiográvida, ô!, gráfica, e mal tenho escrito, graças a Deus nem meus cadernos têm me visto direito, pois escrever estraga a vida da pessoa. A não ser que a pessoa ame escrever, e só digo isso porque li hoje uma pessoa dizendo que ama escrever, digo, tem paixão por escrever. Como é que alguém sente isso!, escrever é uma prisão, é um saco, e ler também é um saco, vai ver é por isso.

Dançar é que é bom. Queria saber dançar mais, digo, praticar mais o dançar, saber fazer não existe. Existe fazer. O que eu faço no palco eu faço, não sei, se não fizesse, não faria e pronto. Saber. O Vinícius sabia fazer poesia, por acaso? Ele fazia. Não dá pra ensinar alguém a dançar, dá pra ensinar a aprender a dançar, mas a dançar a pessoa dança sozinha, aprende só.

(Agora é a hora da figura. É a hora que levando o olho e..... queria isso, escrever a imagem do meu olho empurrando a pálpebra de baixo pra cima, lábios relaxados numa quase cômica desdenhice. E uma pausa de momentos atemporais a fio. O universo vai se costurando grosso dentro do olho, crescendo ao mesmo tempo no olho e na boca, até criar uma camada líquida ao redor da massa-mundo. Meu olhar bóia no universo refeito. De repente tudo se combina, velho e novo: o velho som de vento, a linha de luzes pela janela, a almofada fofa sob minhas nádegas, e o universo novo que se constrói pelos meus olhos parados adiante, alongados, crescendo na boca e olho.) Ainda bem que me distraio tendo que escrever. Já pensou se tivéssemos tempo pra realizar tudo que nosso organismo multiplica? Caberíamos menos ainda nesse que..rs, ainda não é o melhor dos mundos possíveis.

Cada um cumprindo a sua parte.

DOIS MIL E CATORZEEE!!!!

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